sexta-feira, 3 de outubro de 2008

É o amor e não o tempo...

... que cura a dor

A mulher de preto passou
Com sua dor
Ela conheceu o amor
e o viveu
mas perdeu
O amor é assim
Te dá cor
torpor
e dor
sempre assim
E ela saiu sem o chão
embaixo dos pés
E achou que se curou
tão rápido
mas não sabia
que dor de amor não se cura assim
Aliás
não se cura nunca
quando é amor
Então ela apenas se anestesiou
de dor
de amor
de paixão
E viveu uns tantos por aí
mas era uma bela ilusão
E todos os dias quando acordava
Sozinha ou não
Na sua cama
ou não
entendia
Ela até havia se esquecido da promessa
que havia feito
ou da premonição que tinha tido
E um dia
Quando seus pensamentos vagavam
E ela se esquecia
ou não permitia
O amor ressurgiu
Ela não se lembrava dele daquela forma
Nem de nenhuma outra
Ela não lembrava
Ela se permitiu apagar
Mas ele voltou
E a mulher de preto
voltou às ruas com seu traje colorido

Nenhum comentário: