domingo, 14 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Neste Natal deixe algumas coisas e outras não
Deixe o clima de solidariedade te abraçar
Deixe a arrogância de lado
Deixe o amor falar mais forte
e o coração não ficará mais pesado
Deixa a criança sair e tomar conta
Vá ver as luzes de natal
Não recuse um convite aparentemente bobo
de não fazer nada com alguém que você ame.
Assistir um filme em casa, comer brigadeiro, andar no parque
ou dormir junto é um programa ótimo
Dar presente é legal
mas dê o maior deles que é sua atenção, seu carinho, suas carícias,
seu beijo, seu abraço
Sorria pra todos
Seja meio insano
Não guarde as mágoas
Jogue-as fora
Aproveite um dia de mal humor para transformá-lo em dengo
Aproveite um dia de bom humor para irradiar energia
Dê-se o prazer de gargalhar
de amar
Nem que seja por um dia
um de cada vez.

Vanessa Pampolini

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Indicações ao Gralha 2008

Divulgados os Indicados para os prêmios da 29º Edição do Troféu Gralha Azul

Criado em1974 pelos artistas Yara Sarmento, Waldir Manfredini e pelos saudosos Edson e Delcy D’Ávila em 1974, a prêmio é concedido anualmente aos destaques do teatro paranaense.
Desde 1983 a premiação é realizada pelo Centro Cultural Teatro Guaíra em co-promoção com o sindicato dos artistas, SATED/PR, e dos produtores teatrais, SEPED/PR. Os agraciados recebem uma estatueta em metal concebida pelo artista plástico Ivens Fontoura e uma quantia em dinheiro que varia de acordo com a categoria.
O Troféu Gralha Azul tem na Secretária Executiva Célia Regina Polydoro e Yara Sarmento na Assessoria. Em reunião realizada nesta terça-feira, 9 de dezembro, a Comissão Julgadora, formada por Annunciada Oswald, Neiva Camargo Iovanovitchi, Milzi Digiovanni Guiz, Vitória Arabela Sahão e Sidne Gaspar, divulgou os indicados em cada uma das categorias.
A festa para entrega dos prêmios será realizada no dia 10 de março de 2009, quando então serão conhecidos os vencedores. 60 espetáculos concorrem aos prêmios da atual edição.

INDICADOS:
1. COREOGRAFIA .
CARMEN JORGE - “ Peter Pan e a Terra do Nunca ” .
DEBORAH KRAMER - “ Aladin e a Lâmpada Mágica ” .
CARMEN JORGE - “ O Menino Maluquinho ”

2. TEXTO ORIGINAL OU ADAPTADO .
EDSON BUENO - “ Laranja Mecânica ” .
ENÉAS LOUR - “ Os Psicólogos Não Choram ” .
PATRÍCIA KAMIS - “ Nacional Kids ”

3. MAQUIAGEM .
CAROL SUSS - “ Peter Pan e a Terra do Nunca ” .
MARCELINO DE MIRANDA - “ Circo Mundi ” .
ÁLDICE LOPES - “ Laranja Mecânica ”

4. ADEREÇO .
CRISTINE CONDE - “ Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos ” .
ADRIANA ESPOSITO - “ Teimosinho e Mandão em Dois Idiotas Sentados Cada Qual no Seu Barril ” .
EDUARDO GIACOMINI - “ Marcelino Pão e Vinho ”

5. CENÁRIO .
WALDO LEÓN - “ A Bicicleta do Condenado ” .
GELSON AMARAL - “ O Evangelho Segundo São Mateus ” .
LEOPOLDO BALDESSAR - “ O Diabo é Meu Amigo ”

6. FIGURINO .
CRISTINE CONDE - “ Peter Pan e a Terra do Nunca ” .
CAMILA BARRETO - “ A Dama e o Vagabundo ” .
CRISTINE CONDE - “ Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos ”

7. SONOPLASTIA .
VADECO - “ Nacional Kids ” .
JADER ALVES - “ Macho Não Ganha Flor ” .
JADER ALVES - “ Habituès - O Longo Caminho Noturno de Dois Frequentadores de Boteco ”

8. ILUMINAÇÃO .
WALDO LEÓN - “ A Bicicleta do Condenado ” .
BETO BRUEL - “ Macho Não Ganha Flor” .
ANRY AIDER - “ Contos Proibidos de Antropofocus ”

9. REVELAÇÃO - ATRIZ/ATOR e CRIADORES .
MAUREN MIRANDA - Direção de “ Não Assim Tão Longe ” .
FERNANDO VOLPI - Cenário de “ Marcelino Pão e Vinho ” .
MICHELLE PORTO - Direção de “ Circo Mundi ”

10. ATOR COADJUVANTE .
ZECA CENOVICZ - “ Laranja Mecânica ” .
JOEL VIEIRA - “ Aladin e a Lâmpada Mágica ” .
FERNANDO KADLUBISKI - “ Laranja Mecânica ”

11. ATRIZ COADJUVANTE .
KARINE PEREIRA - “ Se Apagar Eu Volto. Se Voltar Eu Apago. ” .
GIOVANA DE LIZ - “ Entre Lágrimas e Cutículas ” .
LUMI KIN - “ Nacional Kids ”

12. ATOR .
LEANDRO DANIEL COLOMBO - “ The Cachorro Manco Show ” .
DIMAS BUENO - “ Laranja Mecânica ” .
RANIERI GONZALEZ - “ Os Psicólogos Não Choram ”

13. ATRIZ .
SONIA BACILA - “ A Gorda e o Anão ” .
PATRÍCIA KAMI - “ Nacional Kids ” .
ROSANA STAVIS - “ Árvores Abatidas ”

14. COMPOSIÇÃO MUSICAL .
ROSY GRECA - “ O Menino Maluquinho ” .
FÁBIO PAGLIOSA - “ Peter Pan e a Terra do Nunca ” .
ARY GIORDANI e DENIS MARIANO - “ Circo Mundi ”

15. DIREÇÃO ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS .
EDSON BUENO - “ Teimosinho e Mandão em Dois Idiotas Sentados Cada Qual no Seu Barril ” .
FÁTIMA ORTIZ - “ O Menino Maluquinho ” .
MAURÍCIO VOGUE - “ Peter Pan e a Terra do Nunca ”

16. DIREÇÃO .
JOÃO LUIZ FIANI - “ Macho Não Ganha Flor ” .
EDSON BUENO - “ Laranja Mecânica ” .
GEORGE SADA - “ Entre Lágrimas e Cutículas ”

17. ESPETÁCULO DE SALTIMBANCOS .
“ CALOTA E GASOLINA EM TRÂNSITO ” - GGProart - Gelson Schimanski .
“ O GARANHÃO DA MELHOR IDADE ”- Neusa C. Cascaes Promoções Artísticas .
“ UM QUARTO NO VIGÉSIMO QUARTO ”- Cardoso Produções Artísticas

18. ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS .
“ A DAMA E O VAGABUNDO ” - Cia Máscaras de Teatro, João Luiz Fiani e Marino Jr . “
MARCELINO PÃO E VINHO ” - Cia Regina Vogue .
“ TEIMOSINHO e MANDÃO em Dois Idiotas Sentados Cada Qual no Seu Barril” - MR Produções Artísticas

19. ESPETÁCULO .
“ ENTRE LÁGRIMAS E CUTÍCULAS ” - Cena Hum Academia de Artes Cênicas .
“ TROPEÇO ” - Tato Criação Cênica .
“ MACHO NÃO GANHA FLOR ” - Cia Máscaras de Teatro

TÉCNICO DO ANO ADAUTO CEZAR DE OLIVEIRA (Magrão) - Cenotécnico.
PRÊMIO ESPECIAL WASYL STUPARYK
Em homenagem aos cinquenta ( 50 ) anos como Artista e Técnico em diversos segmentos das Artes Cênicas, Radiodifusão e Cinema, especialmente na área de SONOPLASTIA e pela dedicação na formação de profissionais artistas e técnicos no Paraná.

Para o PRÊMIO ESPECIAL e TÉCNICO DO ANO, a escolha cabe à classe teatral em Assembléia Geral Conjunta e aberta das entidades co-promotoras deste Troféu. TROFÉU EPIDAURO O vencedor da categoria ESPETÁCULO receberá o TROFÉU EPIDAURO concedido pelo Consulado da Grécia para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, através do Cônsul Honorário professor Constantino Comninos

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Como se comportar no teatro


Você já ouviu falar em “espetáculo”, quando se tratava de uma peça teatral, certo?
Se é designada como “espetáculo”, algum motivo tem.
Para explicar nos mínimos detalhes, “Espetáculo é uma representação pública que impressiona e é destinada a entreter. Pode ser uma apresentação teatral, musical, cinematografica, circense, uma exibição de trabalhos artísticos, etc.”
Se é com este fim, todo espetáculo deve ser no mínimo respeitado.

Se você é uma pessoa que não tem capacidade para entender ou respeitar um espetáculo de qualquer estilo, por favor, fique em casa assistindo o Gugu.

Mas se você se dá ao tabalho de sair do aconchego do seu lar para assistir um espetáculo, mesmo que no final das contas você julgue que este não é merecedor dos seus aplausos, respeite quem está na berlinda fazendo algo por você.

- Os artistas solicitam que você desligue celulares, bips, e qualquer aparelhinho irritante que faça barulho porque é estremamente desagradável ouvir aquele sonzinho no meio de uma fala, podendo até ocorrer para alguns a desconcentração.
- Chegou atrasado, vá embora. Vá no cinema que tem várias sessões. É chato chegar atrasado no teatro. Você acaba chamando mais atenção que os atores. Se quer aparecer vá para o “ídolos”.
- Teatro não é estádio de futebol. Você pode e deve reagir, rindo, chorando, como bem quiser, e entender. Aplausos são mais bem vindos que outras demonstrações de parabenização.

No caso de peças ruins (porque infelizmente a gente sabe que elas estão por aí nos atormentando).
- Tente não sair no meio do “espetáculo”. No mínimo você criará um senso crítico.
- Tente segurar as risadas nos dramas caquéticos e o choro de piedade nas cenas de humor.
- Tudo bem. Você está permitido a não aplaudir essa porcaria que você viu. Só tome cuidado para não chamar atenção.
- Ótimo, você realmente não precisa ser uma alma caridosa e parabenizar os atores. Opte por uma saída à francesa. Não é necessário também que seja falso.

No caso de você ser convidado por um ator, técnico, ou diretor do espetáculo a ir assisti-los:
- Única dica além das já passadas: Se programe para sair do teatro 30 minutos depois. É desagradável sair do espetáculo sem dar um abraço no amigo que o fez o convite. Independente do resultado vá cumprimentá-lo. Se gostou, pode jogar confete sim, porque artista vive de elogio também. Mas se não gostou, vá até ele pelo menos para mostrar “eu vim”, ok?

Eu poderia ficar aqui falando horas sobre coisinhas e delicadezas, mas como conheço os leitores deste blog, isso serviu apenas para descontração, e não o fez pararem para pensar. De qualquer forma, se quiserem encaminhar o texto a alguns menos atentos a estes pequenos detalhes, fiquem à vontade. De repente chega onde deve chegar.

Vanessa Pampolini

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mais um no gargarejo

Mais um no gargarejo.

Um dia, serei apenas mais um no gargarejo.
E nessa hora, lembrarei do primeiro sorriso que vi,
Naquele instante em que ninguém sabia quem era quem,
Naquele lugar que talvez então nem mais exista.
E quando aquela pequena estrela que eu vi nascer
Estiver rodeada de todas as cores que se possa imaginar,
Alguém em preto e branco chegará a duvidar
Que, por mais que a vida exista para afastar,
Ainda haverá o brilho do primeiro olhar.

(Meu ídolo, Ítalo Bovo, 09/12/2008)

Razões de amor

Razões de amor
J.G. de Araújo Jorge

Gosto de ti desesperadamente: dos teus cabelos de tarde onde mergulho o rosto,
dos teus olhos de remanso onde me morro e descanso;
dos teus seios de ambrosias, brancos manjares trementescom dois vermelhos morangos para as minhas alegrias;
de teu ventre - uma enseada - porto sem cais e sem mar -branca areia à espera da onda que em vaivém vai se espraiar;
de teu quadris, instrumento de tantas curvas, convexo, de tuas coxas que lembram as brancas asas do sexo;
do teu corpo só de alvuras - das infinitas ternurasde tuas mãos, que são ninhos de aconchegos e carinhos, mãos angorás, que parecem que só de carícias tecemesses desejos da gente...
Gosto de ti desesperadamente;
gosto de ti, toda, inteira nua, nua, bela, bela, dos teus cabelos de tarde aos teus pés de Cinderela,(há dois pássaros inquietos em teus pequeninos pés)- gosto de ti, feiticeira,tal como tu és...

(Poema de JG de Araujo Jorge, extraído do livro A SÓS... , 1958)

sábado, 6 de dezembro de 2008

NA TERRA SEM VERDE - 12/12/2008 sexta-feira em Curitiba


NA TERRA SEM VERDE é um espetáculo escrito por Neusa Maria Camargo Cascaes, e dirigida por Fausto Cascaes. Atuam hoje ambos e Vanessa Pampolini.

A peça já foi premiada pelo Teatro Guaíra, com o prêmio Gralha Azul como espetáculo itinerante, e fará uma única apresentação no colégio Barão do Rio Branco, aberta ao público, no dia 12/12, sexta-feira às 15.30 h.

Entrada: um alimento para cesta de natal dos desabrigados de SC (panetone, bolacha, suco em caixinha...)

O Colégio Barão do Rio Branco que gentilmente cedeu o espaço para a apresentação fica na Rua Brigadeiro Franco, nº 2532, esquina com Av Silva Jardim.

Compareçam, levem suas crianças e as crianças que existem ainda dentro de vocês.

Caminho de rato - último final de semana em Curitiba

A "Trupe Clandestino" apresenta “Caminho de Rato”. A peça é uma livre adaptação inspirada na obra Of Mice and Men de John Steinbeck, o espetáculo retrata amizade, cumplicidade e sonho.
Dois amigos inseparáveis trabalham no campo, tendo como objetivo sua própria terra. A realidade confrontando o sonho. Entre planos e sucessos imaginados uma série de histórias, cachorros e coelhos surgem no caminho dos dois, o que não serve mais vai sendo eliminado, o que é diferente não é aceito. Tentando lembrar que é preciso agüentar mais um pouco os personagens vão trilhando seu destino.

Texto: Livre adaptação da Obra Of Mice and Men de John Steinbeck Direção: Karla Neves Elenco. Igor Schiavo, Jeferson WalaszekSonoplastia. Asaph Eleotério
Data: 06 e 07 de Dezembro
Sábados 21:00 h
Domingos 19:00 h
Ingressos: R$ 12,00 (Meia R$ 6,00)
Local: Espaço Cultural Arte da Hora - Rua Arquimedes Cruz, 14 Fundos - Jardim Social - Curitiba, (Esquina com Av. Nsa. Sra. Da Luz)
Informações: 3029.0802


"Prestigie o teatro Paranaense antes que ele vá para São Paulo"


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Curriculo artístico - atualizado DEZ/2008

VANESSA PAMPOLINI
Modelo, manequim e ATRIZ com Registro Profissional no DRTE/PR sob nº 15.034
Diretora de produção com Registro Profissional no DRTE/PR sob nº 18.578
(41) 3238-1000
(41) 9207-7286
(41) 9643-4889
vpampolini@yahoo.com.br
MSN: vpampo@hotmail.com

I - TEATRO

PRA TUDO TEM HORA
Novembro e Dezembro/2008
Local: Curitiba/PR
Gênero: Comédia
Direção: Fausto Cascaes
Na foto Neusa Cascaes e Vanessa Pampolini













NA TOCA DA CUCA
Novembro/2008
Local: Interior PR
Gênero: Infantil
Direção: Fausto Cascaes

Na foto Neusa Cascaes e Vanessa Pampolini











NA TERRA SEM VERDE
Novembro/2008
Local: Interior PR
Gênero: Infantil
Direção: Fausto Cascaes

Na foto Vanessa Pampolini e Neusa Cascaes













AMOR EM QUATRO TEMPOS
Novembro/2008
Local: Interior PR
Gênero: Comédia
Direção: Fausto Cascaes
Texto: Neusa Camargo Cascaes

Na foto Fausto Cascaes e Vanessa Pampolini



















SE ORIENTE, OXENTE
Setembro e Outubro/2008
Local: Curitiba
Gênero: Musical
Direção: João Luiz Fiani
Texto: Núbia Cabral

Na foto Nubia Cabral e Vanessa Pampolini
(ao fundo Mel Maia, Damaris Aldani e Ana Paula Favaro)


















ANALICE EM BUSCA DO HOMEM PERFEITO
Dezembro/2007 - Local: Campo Largo
Abril, Maio, Junho, Julho, Setembro e Outubro/2008 - Local: Curitiba
Gênero: Comédia / happening
Direção: Samuel Rangel e Vanessa Pampolini
Texto: Samuel Rangel

Na foto Vanessa Pampolini e Samuel Rangel












TRUPE DE ELITE
Março, Abril e Maio/2008
Gênero: Comédia
Local: Curitiba
Texto e Direção: Samuel Rangel

Na foto Samuel Rangel e Vanessa Pampolini














A BALADA DO CARCERE DE READING
Outubro a Novembro/2006 e Março a Abril/2007
Gênero: Drama
Local: Curitiba
Direção: João Paulo Godinho
Texto: Oscar Wilde

Na foto Vanessa Pampolini e Luiz Godinho














ADÃO E EVA
Novembro e Dezembro/2004 e Outubro e Novembro/2007
Gênero: Comédia
Local: Curitiba
Direção: João Paulo Godinho
Texto: Machado de Assis













A MORTE EMBEBEDOU-SE E VOMITOU A MINHA VIDA
Agosto/2005
Gênero: Comédia-Trash
Local: Curitiba
Texto e Direção: Treat Serpa


O URSO
Março, Julho e Agosto/2004
Gênero: Comédia
Local: Campo Largo e Curitiba
Direção: João Paulo Godinho
Textos: Anton Tchekov


O JUBILEU
Março, Julho e Agosto/2004
Gênero: Comédia
Local: Campo Largo e Curitiba
Direção: João Paulo Godinho
Textos: Anton Tchekov


TCHEKOV, DUAS HISTÓRIAS (TIO VÂNIA e PEDIDO DE CASAMENTO)
Novembro/2000
Gênero: Drama
Local: Curitiba
Direção: Silvanah Santos
Textos: Anton Tchekov

A PROFECIA DOS ANJOS
Julho/1999
Gênero: Ficção-Aventura
Local: Curitiba
Texto e Direção: Regina Mattos

II – TELEVISÃO

NOVELA OBSESSÃO

Novela com transmissão pela TV Transamérica, canal 59 UHF, às quartas-feiras, no Programa “Fique com a gente”, transmitido às 22.30 h.

Sobre a novela: “Obsessão” é uma história que mistura três gêneros distintos de ação: suspense, policial e drama. Na trama, pessoas que vivem em nossos tempos, vivem uma saga de coragem, perseverança e esperança, passando uma mensagem ao telespectador, que fala de heroísmos que já pareciam extintos, de fé que move montanhas e de valores morais familiares que são eternos. Em “Obsessão” duas famílias de pessoas poderosas e ricas envolvem-se entre si e uma família humilde é a vítima de todo este envolvimento, e tudo como conseqüência da doença psíquica de um homem. Além disso, a trama mostra a cidade de Curitiba, com sua rica miscigenação.

Sobre a personagem – NUHR KALIL: Nascida no Brasil (descendência árabe), porém mais seguidora dos preceitos familiares que o irmão. É dançarina e se apresenta diversas vezes na novela. É amiga de Amanda, mas depois que descobre que ela se relaciona com seu irmão, passa a ser sua maior inimiga no decorrer da trama


III – CURSOS
* Mímica - 2004
Saltimbancos Produções

* Teatro 1º e 2º estágios – 1999 a 2004
Os Satyros Produções Culturais Ltda

* Interpretação para câmera e vídeo - 1999-
* Teatro - 1999
Telecine Produções

* Modelo e manequim - 1998
Vision Agncy of Models

IV - OUTROS
* Professora - introdução ao teatro para crianças de 6 a 13 anos
* Agenciada como atriz pela Primeira Linha Casting (Curitiba)
* Diretoria Administrativa da Companhia de Teatro Anjos Boêmios de Curitiba (http://www.anjosboemios.com.br/)
* Apoio de produção para Grupo "Os Pândegos" (RJ)/Cena Hum no Festival de Curitiba (2008)
* Elenco figuração para vídeo da RPC – Louco de Bom com Diogo Portugal (2008)
* Elenco figuração Primeira linha / Deiró para Prefeitura de Curitiba (2008)
* Elenco de filmagens para IESDE - vídeos educacionais (2007)
* Participação no Filme “Manifesto” – curta metragem com produção pela Unicenp (2001)

Lá fora a chuva me faz pensar aqui dentro



Lá fora chove
Eu perdida nos meus pensamentos
Uma música não sai da cabeça
É. Eu estou numa boa, como ela diz.
Às vezes fico perdida, confusa, buscando respostas
mas entendo que elas não são para mim
e tento respeitar o relógio

Depois que os ponteiros passearem bastante
eu talvez saiba o que quero. Ou não.
Talvez as minhas perguntas estejam erradas
então não haverá respostas

Enquanto isso, eu estou numa boa
Eu fico lembrando daquele tempo bom, que hoje é melhor
Eu te pedia tanto e você me dava nada
Hoje eu te peço pouco e você me dá um monte
A minha saudade tornou-se saudável
A minha angústia ficou lá
Hoje estou ocupada demais com carinhos para me maltratar
Um caminho longo para aqui chegar

Curtinha....

Se eu soubesse me teletransportar não iria à um banco no meio da madrugada estourar cofres;
Iria sorrateiramente invadir seus lençóis e ali me aninhar para dormir com seu cheiro

Saudade




A saudade é tocante
nos poemas dos gigantes
A saudade é linda
aos olhos dos alheios
Porém vivida é má
Uma vilã do coração
de quem a tem
Às vezes é necessária
porém quando limitada
Quando abusiva
é cruel
dominante
Só se faz bela quando findada

Resume-se em que?

Aquilo que te faz respirar
Que te faz sorrir a toa
que te faz os olhos brilharem
que teus desejos afloram
Aquilo que te faz calmo
que te faz enérgico
Aquilo que te faz acreditar na bondade do homem
Já sentiu?

É agora

Alguns podem se enganar
Alguns podem mentir pra você
Alguns podem fingir
Eu não
Eu cansei
Agora meus olhos dizem o que sinto
Não sou mais hipócrita
Não tento mais agradar ninguém
eeperando a troca algum dia
Quem ama troca agora

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Minha casa

Eu quero uma casa amarela
Que tenha um caminho de girassóis para receber os amigos
Que tenha uma lareira
perto de um som que toque MPB
Que tenha cheiro de sopa de cebola com cheiro verde
e lembre um sorriso apaixonado
Que seja limpinha e organizada
mas que tenha bagunça de criança aprendendo
Que o perfume que sai junto com a neblina do chuveiro
se espalhe por ela toda
Que tenha um tapete felpudo
Específico para rolar, fazer e receber cócegas
Que da minha janela eu possa ver
chuva molhando o quintal
Que tenha duas portas
Uma na frente
para que entre o sol
E uma nos fundos
que se mantenha sempre fechada
para que nada disso de bom saia dela
porque nada de ruim vai entrar
então não terá precisão de sair.

Caminhos que percorri até voltar pra casa

Você estava lá e eu aqui;
Tão perto e tão longe.
Eu me mantive aqui, mas você já estava ali, ao alcance dos olhos e das palavras (às vezes arredias).
Você ficou mais próximo. Não pela estrada principal, mas por caminhos alternativos.
Eu até torcia para que estes caminhos te levassem para longe, e te trouxessem alegrias. Mal sabia eu que eles levariam à estrada principal da minha vida.
De repente tudo ficou longe. Eu de você, você de mim.
Mas ai surgiu uma bifurcação e você estava lá, então, trombamos.
E a agitação desse acidente trouxe outros. Pela impaciência e pelas feridas, até um acidente grave, mas necessário.
E você ficou mais longe do que nunca. Só não deu pra esquecer aquele caminho curto, mas tão lindo que havíamos percorrido juntos.
Atravessei riachos muito tranqüilos. Tranqüilos em excesso. Passei por pontes. Pontes podres que rangiam enquanto eu as atravessava. Conquistei paraísos, comi maças envenenadas.
Pensei que tivesse caído e que tivessem me resgatado, mas só tinham me mudado de poço.
Alguns poços eram agradáveis, arejados, mas não me permitiam enxergar a luz do sol que eu sempre tanto gostei.
E eu comecei à vê-lo em meus sonhos, delírios, não sei. De alguma forma você se manteve presente, mas era só uma lembrança. Boa lembrança, que não doía mais.
E você quis reaparecer quase todos os dias, mas o poço era fundo, e lá permaneci. E o poço começou a encolher, ou eu que comecei a crescer tanto dentro dele, que já me causava fobia. As paredes iam me comprimir.
E tão rapidamente que mal pude perceber, tinha sido expelida, cuspida para fora daquele que me causava apertos na alma. Cuspida direto em seus braços, em seu olhar. Aí percebi que tinha voltado pra casa.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sou assim, e daí?

É verdade
Sou egoísta
não gosto de ser contrariada
Tenho defeitos sim, ué
E daí?
Não é por isso que não vou pro céu
Ainda tenho qualidades que julgo serem das melhores
Me comove um mendigo comendo lixo
E não fico quieta, comovida, como a maioria
Faço a minha parte
para me sentir mais humana
e não estes robôs nos quais nos transformamos
Sou manhosa e gosto de colo sim
Falem mesmo
Sou filha única
Me taxem como bem entenderem
e quiserem
mimada? pode ser
mas sei retribuir
você sabe?
Você, que é tão forte
tão seguro de si
sabe dar a mão a quem precisa?
consegue não rir de quem sofre?
ou prefere parecer forte?
quem é mais egoísta?
Quem vai pro céu?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Por que alface é alface, mamãe?



Me apavora a maturidade precoce das crianças.
Hoje, na faixa dos sete, oito, nove anos há ainda um resquício de ingenuidade, mas que já se mistura com a malícia.
Na minha época (e já falo me sentindo ultrapassada) as crianças sabiam muito bem como as coisas funcionavam, que cegonhas e sementinhas eram contos da Carochinha, mas não se falava com tanta falta de pudor.
Não me julgo careta, mas sou a favor do tempo. Cada coisa ao seu tempo. E o tempo de brincar, de se descobrir, de perguntar... está se perdendo.
Fora a pressão para que os pequenos façam futebol, natação, inglês, mandarim, piano, flauta doce, aula de canto, teatro, ballet, informática, e inúmeros cursos, além de que passem no vestibular aos 10 anos.
Há anos atrás Lilica Ripilica era uma marca famosa e cara, que somente aparecia como presente, ou em datas especiais. Hoje é uma imposição nos jardins de infância.
Juro que não sou radical, mas meu filho não vai comemorar o aniversário de um ano dele no MacDonald’s. Vou permitir a ele que tenha cinco anos com cinco anos. Ele vai ter pai e mãe o corujando sem vergonha ou medo de que ele se transforme em algo que a sociedade não quer.
Ele vai pintar as paredes e quebrar coisas, e eu vou brigar com ele. Ele vai ficar de castigo algumas vezes, e vai doer mais em mim do que nele as palmadas que eu der. Mas quando ele perguntar “Por que alface é alface, mamãe?” eu vou ser a mulher mais feliz e paciente do mundo tentando explicar algo que não tem resposta.
Eu permitirei e incentivarei meu filho a fazer perguntas idiotas, que hoje as crianças têm medo de fazer, por parecerem ultrapassadas, mesmo que não tenham a mínima noção do que isso significa, nem do que é alface.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

É o amor e não o tempo...

... que cura a dor

A mulher de preto passou
Com sua dor
Ela conheceu o amor
e o viveu
mas perdeu
O amor é assim
Te dá cor
torpor
e dor
sempre assim
E ela saiu sem o chão
embaixo dos pés
E achou que se curou
tão rápido
mas não sabia
que dor de amor não se cura assim
Aliás
não se cura nunca
quando é amor
Então ela apenas se anestesiou
de dor
de amor
de paixão
E viveu uns tantos por aí
mas era uma bela ilusão
E todos os dias quando acordava
Sozinha ou não
Na sua cama
ou não
entendia
Ela até havia se esquecido da promessa
que havia feito
ou da premonição que tinha tido
E um dia
Quando seus pensamentos vagavam
E ela se esquecia
ou não permitia
O amor ressurgiu
Ela não se lembrava dele daquela forma
Nem de nenhuma outra
Ela não lembrava
Ela se permitiu apagar
Mas ele voltou
E a mulher de preto
voltou às ruas com seu traje colorido

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Analice se despede de Curitiba... por enquanto



Mais uma vez estarei onde mais amo, com a peça que mais me trouxe alegrias, com amigos. É mais uma festa do que uma peça!
Vamos festejar!!!


Última apresentação de ANALICE EM BUSCA DO HOMEM PERFEITO de 2008!

Se não viu até agora, é a última chance, se não, perdeu, playboy!
Dia 11/10/2008, sábado, no Teatro Fernanda Montenegro.

Mesmo esquema: Cerveja gelada pra quem está em cima do palco ou não e risadas garantidas
E Analice continua sua batalha...

Ingressos a partir de 29/10 com elenco ou na Cervejaria Anjos Boêmios a R$ 30,00 e R$ 15,00
Antecipado, ainda faremos a R$ 20,00 só pra você!

"Prestigie o teatro paranaense antes que ele vá para São Paulo"

Confira matéria / entrevista na Gazeta: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=806645&tit=-uma-quebra-do-rigor-dramatico-diz-diretor-sobre-peca-que-simula-bar

Sobre Analice...
A peça conta a história de Analice, uma típica garota curitibana rica e bonita que, após uma adolescência onde fez o que bem quis com os seus pretendentes, descuidou-se das coisas do amor, e acabou vivendo as desventuras de sua busca do homem perfeito.
A história se passa no bar preferido de Analice, que testemunhou toda a sua história.
Uma comédia sem Quarta Parede, interativa e despretensiosa.


Programação:
19h15: Show com banda
20h15: Abertura do Teatro com música ao vivo e venda de cerveja ao público
21h: Início da peça
23h: O elenco recebe o público na Cervejaria Anjos Boêmios

Prefiro a preferência

Você me quis por conveniência
não por preferência
então não me cobre nada
e ficamos quites

Meu amor por mim é maior
E prefiro o amor à paixão
Você não passou disso
de pura ilusão

À uma bela e forte mulher

E ela andava em boas companhias
E estudou em bons colégios
Aí resolveu sair do aconchego desse lar
e ir para outro
O outro não tinha cheiro de pêssego
mas mesmo assim ela se sentia livre
E os outros ainda gostavam dela
e a admiravam
Sempre foi bonita
Mas o seu cabelo começou a ficar...
estranho
E quando os outros a viam
já se assustavam
mas ainda gostavam dela
E ela andou por outros caminhos
E ninguém percebia
que tinha espinho embaixo dos seus pés
nem ela
Os outros continuavam a gostar dela
sempre foi forte
única
Mas as pedras começaram a machucá-la
E ela sentiu falta do cheiro de pêssego
mas ainda era livre
e era suficiente
E foi andando com as pedras a acertando
e os espinhos a torturando
Os outros continuavam a gostar dela
mas ela já não gostava
O cheiro de pêssego ela só sentia quando sonhava
Se há um terceiro mundo
entre o dela e o dos outros que a amavam
foi esse terceiro que a chamou
e de alguma forma
o cheiro do pêssego foi mais forte que ela mesmo
e ela pediu
pediu com todas as forças para que tirassem
os espinhos dela
e que não mais fosse apedrejada
É por isso que os outros gostam tanto dela
Ela ficou feia
mas ainda é bela
Ela foi fraca
mas persiste forte
e aquela estrela cadente que um dia apareceu
pousou em seu coração
e por ali vai permanecer
porque gosta tanto dela
quanto os outros

Eu não vou envelhecer

Esses dias eu vi uma foto minha
uma foto de uns dez, onze anos atrás
Pra alguns vai parecer muito tempo
pra outros, muito pouco
É verdade que algumas coisas mudaram
Mas eu procuro no espelho e não vejo nada grave
Procuro incansável
uma ruga
um sinal
Até as manchas que tinham se apoderado de mim
ha sete anos estão tão discretas...
Será que meu espelho está mentindo pra mim?
Eu nunca fui muito cuidadosa
mas agora parece costume, vicio, mania
não sei
mas é bom passar um adstringente
um creme
me faz sentir no mínimo cheirosa
Um banho de rosas me faz sentir com os pés fora do chão
Um chá antes de dormir é tão confortável
quanto a cama quente
Achei
Essas manias
Essas manias são coisas de quem está envelhecendo
Só pode
Essa vontade de querer ver um filminho
comer uma pipoca
do que chegar em casa com os pés inchados
de saltos altos e ficar em pé a madrugada inteira dançando
Ah, essa vontade de dormir de conchinha depois de um banho quente
Trocaria qualquer jantar badalado e cervejas
por uma noite tranqüila assistindo desenho na cama
Prefiro as risadas de histórias mal contadas
às gargalhadas engasgadas num lugar que ninguém me ouve
Até idéias que me amendrontavam
hoje me agradam
me fazem sorrir e suspirar
Mas cadê a ruguinha?
Maldito espelho
Um dia te pego de surpresa

Pecados

Pecados como os conhecemos não existem
Pecado é proibição
E iriam proibir
o amor
o desejo
Não
Não pode ser pecado gargalhar até parecer idiota
nem fazer caretas de tanto chorar
Seria um pecado viver
Naquele mundo que ninguém mais acredita
existe tudo isso
Existe o pecado que não é pecado
o amar sem medo
o ser sincero sem mágoa
Existe o apoio de mãos frágeis
e a segurança de pernas cansadas

O livro da minha vida

Então vou escrever um livro
Um livro de amor
Um livro de vida
Eu não vou dizer que é pra quando eu ficar velhinha
porque eu não consigo pensar em mim velhinha
É sério...
Então... Quando eu tiver meus filhos, pode ser
Eu vou mostrar à eles como ainda existe amor no mundo
O amor está dentro de cada um de nós
e só falta coragem para compartilhar
Para demonstrar
Eu sei, eu sei
O mundo é uma selva, tá cheio de monstro na porta da tua casa
mas também há peixinhos lindos
e você deve agradá-los
E deve permitir que o amor entre na sua casa também
Depois que ele entrar
você vai se sentir mais feliz
mais leve
Você vai ver arco-íris todos os dias
vai saber admirar o perfume das rosas
e coisas que achava banais
Deixe que o amor entre pelos seus olhos
Eu sei, eu sei
Que você já sofreu muito
mas isso é crescimento
Como você poderia dar valor e ainda
reconhecer esse amor
se não tivesse tido tantas
desventuras
incompreensões
decepções
Vou rechear meu livro
com coraçõezinhos e perfumes
E ele vai traduzir meu estado de espírito

domingo, 28 de setembro de 2008

Homens e mulheres - que finde a batalha

Mulheres sejam mulheres, homem sejam homens.
Mulher é fragilidade, é doçura. Homem é fortaleza, é proteção
Homem dá colo, mulher da chamego.
Digo amém ao equilibrio da nossa espécie.

Para sempre

Teus carinhos me consomem
Teu olhar atento me hipnotiza
Eu em teu colo viro criança
criança mimada e carente
Teus braços minha segurança
Teus cuidados minha fortaleza
Até paro de ter medo
No dia seguinte fico me perguntando
se é de verdade
Será que se eu ligar você vai atender?
Será que estará lá ainda?
A saudade é freqüente
mas é sadia
A lembrança é como doce de leite
não enjoa
A tua presença é um presente dos céus
que eu devo agradecer todos os dias
A sementinha que está crescendo
E que devo regar para continuar embelezando
e colorindo meus dias

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

(Mente aberta)

Flores parecem borboletas com suas pétalas-asas a voar
No centro da terra tudo é igual
O veludo das flores é igual ao das aranhas caranguejeiras
O medo foi o homem que criou
Energias contilantes saem como lágrimas
Os ossos não se quebram nem desmancham
eles se cansam

By pirâmide - 01

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Filhos de chocadeiras, doentes

Você anda pelas ruas e não olha nos olhos
Se alguém te cumprimenta você acha que é um doido
Um hippie se aproximou de você só pra oferecer umas bijus
e você o escorraçou com um olhar frio
Você não consegue dar um sorriso pra um mendigo
porque já julga antes de saber
Você tem medo da sua sombra e quando um velhinho
te olha com os olhos saudosos de sua juventude
você o expele com sua arrogância
Você anda e ônibus e não oferece o teu lugar pra uma grávida
Você anda de carro e não respeita os pedestres
Você prefere se achar esperto ao de bom coração
Quando passa um deficiente você olha sem cerimônias
E não percebe que isso o incomoda
Você foi uma criança amada?
Você teve pai e mãe?
Eu duvido
Eu estou chegando à conclusão que todos nasceram de chocadeiras
Todos viveram como animais
Todos tiveram de sobreviver à lei da selva
Pois é nela que vivemos
Na selva
Uma selva de gente mesquinha, de gente arrogante,
de gente estrelinha
Eu sou mais olhar nos olhos, sorrir pra qualquer um
Prefiro a loucura que a solidão
Alguns vão me julgar
Mas eu saio ganhando mais que perdendo
Perde quem não ama
não ama o cachorro, o vizinho, o velhinho
Vou me manter na loucura da felicidade

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Por onde você anda?

Passava pela rua despercebida, fumava seu cigarro barato, tomava uns porres de vez em quando pra amenizar alguma dor, pra esquecer, ou pra se divertir mesmo, pra dar umas risadas a mais, nada mais.
De vez em quando se aventurava numas novidades, mas sempre teve limites. Ou achava que os tinha. Fumava alguma coisa diferente do seu cigarro barato, bebia alguma coisa mais forte que aquelas coisas que a embriagavam nos botecos.
Saía pela rua não mais despercebida. Chamava muita atenção. Ria alto, tropeçava no ar, falava com alguém que não estava ali, falava mal sem conhecer, julgava e era julgada. Já era conhecida daquela rua, daquele beco, daqueles homens.
Seu juízo, ela perdeu. Sua honra, não lembra do tempo que a teve. Seus amigos, esqueceram, ou ela os mandou embora e nem sabe quando. Seu amor, agora só uma ilusão, só uma lembrança de um momento vivido num tempo que nem sabe se existiu mesmo, ou se foi sonhado.
Não se lembra de nada. Não sabe o que sonha. Não tem desejos. Não se aventura em mais nada. Nada é novidade. Tudo agora é pra ela uma realidade suja e normal, escura, onde ela acha que enxerga tudo, mas nada vê. Tudo que vê é ilusão. E não são boas ainda, não são ilusões coloridas ainda, como as que tinha quando era criança.
A rua com que sonhava era azul. Hoje é cinza. O céu tinha arco-íris. Hoje não se vê, é encoberto por neblina preta. Nos rostos, havia sorrisos. Hoje há rancor e medo.
Ela por ali vai viver. Seu corpo se acostumou. Sua alma não. Quando seus olhos fecharem e permitirem que a sua alma floresça, o chão vai azular, e abrir luzes coloridas para o céu, para o arco-íris, para as flores que ela nunca mais viu.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Analice, Samuel Rangel e Vanessa Pampolini agradecem





Faço minhas as palavras de Samuel Rangel, ainda não esquecendo de demonstrar meu carinho pelo escritor desta peça maravilhosa, que me fez ter certeza do meu lugar no mundo! rsrsrs.
Mais uma vez obrigada, primeiro pela confiança de entregar em minhas mãos esta personagem linda que é Analice. Eu não dei tanta vida à ela quanto ela deu à mim.
Obrigada ainda por me confiar a assistência de direção de Analice, uma experiência totalmente nova, que ainda por cima veio junto com tantos outros compromissos que acabei acumulando.
Sempre sou uma das primeiras a chegar ao teatro no dia do espetáculo, a fim de tentar organizar alguma coisa. rsrsrs.
Na primeira apresentação de Analice em Curitiba, stress e ansiedade tomaram conta de mim, todos sabem, e com o passar do tempo, estes sentimentos se transformaram em satisfação. Isso pôde ser notado mais do que nunca na apresentação de sábado, quando cheguei ao teatro às 20.10 h. (graças ao meu namorado, Kucha, que serviu de motorista de estrela, rsrsrs, me carregando do Lala Schneider para o Fernanda Montenegro, correndo, e mais preocupado que eu, na verdade), cumprimentando Samuel, que se espantou com minha tranqüilidade e boa energia.
Para mim, além do cansaço físico e mental, valia estar ali, com vocês, apresentando a peça que mais me deu e me dá prazer nestes 10 anos de carreira.

Agradeço ainda, Bruno Jugend, nosso novo Pereba, que apesar da desconfiança, do medo deste projeto diferente de tudo que ele já tinha visto, se destacou e foi ovacionado no final da apresentação; Evelise Miranda, a garçonete mais linda de Curtiba, que agora deu pra dar uma de atendente de 0800, lixando as unhas no bar; Ricardo Elias, novo Grego, que surpreendeu a todos os que o conhecem e aos que não o conhecem; João Carlos Jardim, nosso querido Boi, pelo carinho, pela dedicação, pelo empenho desde o primeiro dia de companhia; Flavinho Banderat, além da atuação, da música que encanta nossos ouvidos, e agora de vários espectadores que ganharam seu CD; Janaina Pereira, que além de colega é amiga, de verdade, dentro e fora dos palcos; Deia Truppel, que deixará saudades durante este período fora do país, mas sua energia será mantida aqui, prometo; Michelle Rodrigues, a linda modelo dentro e fora do palco, mostrando que aqui a gente tem rostinho e corpinho bonito junto com talento; Jakelyne Almeida, que apesar da falta de voz estava lá, dando seu show, mais uma modelo e nova atriz entre nós; Cleiton Amorim, que dispensa apresentações, cada dia se supera como Pudim e como companheiro, com sua humildade e belas dicas; Máximo, que quase nunca pode estar entre nós, mas quando está, nos faz sorrir com seu largo e belo sorriso e sua alegria, você realmente é o Máximo; Valdo Souza, o homem que chega quietinho, e arrasa, obrigda por todo empenho, pela ajuda nas divulgações e tudo mais.

Obrigada a todos que fazem parte disso.
Vanessa Pampolini


ANALICE AGRADECE (Samuel Rangel)


Para aqueles que nos vêm no palco, tomando cerveja, rindo e segurando as costelas, poderia escapar toda a realidade por trás dos bastidores de Analice. Desde as dificuldades financeiras, até a mágica aparição de um bar montado no palco do Teatro Fernanda Montenegro, apenas meia hora após o termino da peça infantil apresentada no mesmo dia, lá está um bar prontinho, esperando nossos amigos boêmios, nem tão boêmios, bebedores contumazes, habitues, curiosos e amantes do teatro.

Mas o bar que se vê no palco, as vezes esconde a cozinha que é organizada na coxia, para montar e atender as oito mesas do palco. A cozinha também não deixa em evidência os dois freezers que Luciano carrega como louco na sua carreta de moto, para gelar 400 latas de cerveja, e mais seis grades de garrafa que são servidas no palco e na platéia.

Quase não se pode notar a presença da pequena Tainá, recolhendo os ingressos até o início do espetáculo. A música de Beto Dias e a voz da Kátia, foram realizadas com tanta harmonia e humildade, que acabam revestindo de extrema realidade o bar cênico, cujas cores são meticulosamente pensadas e operadas pela iluminação de Gerson.

E assim o bar vai se realizando, saindo de uma folha de papel que vai amarelando com o tempo nas prateleiras da Fundação Biblioteca Nacional, e tomando espaço na realidade. Quando o relógio marca 20:15, o Bar já é real, tão real como o público que começa a chegar, tímido, mas louco de vontade de subir ao palco para tomar uma cerveja de graça. Sim, nossos amigos são mesmo assim. E eles estão lá.

Chegam os primeiros e organizam uma ansiosa fila, muito bem acolhida pela música de Joel Muller. E a fila sorri quando os primeiro atores aparecem no saguão de copo na mão e sorriso no rosto. Como ao bar, as pessoas vão em turma, grandes ou pequenas, as vezes apenas um casal ou dois, mas o fantástico de apresentar a peça Analice em Busca do Homem Perfeito, é que de um público tão diverso, encontramos um ponto comum: A necessidade de sorrir.

E é maravilhoso que Pudim nos dê tanto humor, nos momentos não tão felizes de Analice, permitindo que um texto se desenvolva, sem ter a obrigação de carregar em palavras as graças e desgraças de uma vida tão normal quanto a de Analice.

Pereba, esse garçom preguiçoso e mal humorado, vem nos trazer a realidade de um garçom, que corre mais que as pernas para atender as gargantas sedentas de um gole de cerveja. Lu, a garçonete bela e simpática, é o equilíbrio real do bar, esbanjando a educação que tanto falta para Pereba.

Analice, Tati, Flavinha, Renata e Adriane, são as vozes femininas que tanto nos encantam e nos espantam, mas nos seduzem nos bares que iluminam a noite. Caio, Grego, Carl e Antônio carregam, cada um do seu jeito, esses defeitos que nós homens não conseguimos mais esconder.

Mas a verdade é que, uma vez por mês, o bar está aberto no Teatro Fernanda Montenegro, e a magia deste bar, é que o público ouve a história dos personagens. Sim, esse é um bar onde a história chama a atenção dos presentes. Ouvindo as vezes algo muito parecido com sua própria história, lá está o público, e sorrindo. Histórias tão normais que encontram graça exatamente na comunhão entre personagens e platéia. Histórias que são comuns entre o elenco, o autor, e o público. Esse público que tanto nos tem brindado com sua presença.

Deixando de lado as dificuldades, a verdade é que seguiremos levando essas nossas peças para o palco, e quem sabe em breve, levemos novamente o teatro para o bar, pois a verdade é que, a emoção que nos provoca causar sorrisos e gargalhadas em um público de mais de quinhentas pessoas, a cada vez, leva-nos a encontrar no próprio público o apoio que nos falta em forma de patrocínio.

Assim, em primeiro lugar, muito obrigado ao público, imprescindível à nossa alegria.

Muito especialmente, agradecemos a Gazeta do Povo e a Ângela Antunes pela matéria tão carinhosa que nos foi dedicada, agradecendo também à RPC a inclusão de Analice na Agenda Cultural de sexta e sábado. Seu apoio foi determinante para o sucesso desta apresentação.

Ainda tão especialmente, agradeço aos amigos e atores João Carlos Jardim e Valdo de Souza, por terem assumido o desafio do Cenário, fazendo-o em conjunto ao amigo e sócio Luciano, pela forma com que se dedicou na realização dos detalhes desse bar.

Agradeço e manifesto todo meu orgulho dedicado à atriz Vanessa Pampolini, pela forma abnegada com que se dividiu entre a outra peça que apresenta, a novela que vem gravando e a atuação de assistência de direção de Analice. Vanessa apresentou neste sábado duas peças, com a mesma energia e alegria. Sem dúvida o palco e´seu lugar.

Por último, e muito, gostaria de agradecer a Déia Truppel e a Jardel Kowalski, que hoje tomaram outros caminhos, mas que nem por isso, deixam de ser estes anjos da companhia, anjos e arcanjos que guerreiam por esta legião. A vocês dois, apenas digo que não importa quantas fronteiras, muralhas ou vales se abram entre nós, mas estaremos sempre ao seu lado, pois mais do que a proximidade, o que nos une é a língua dos anjos. A Companhia Anjos Boêmios sempre os terá na melhor estima e carinho.

Dentre todas as dificuldades, quem sabe a maior delas seja organizar essa multidão de nomes que dançam em nossa cabeça no momento de dirigir estes agradecimentos, e levando-se em conta o quanto difícil é lembrar dessa multidão de envolvidos que possibilitam as realização da Companhia Anjos Boêmios, faço-o de forma simples e humilde.

Gostaria de agradecer a todos que de alguma forma assinaram junto com a CABO mais esta apresentação repetindo o sucesso dessa história.

Obrigado Curitiba!



segunda-feira, 8 de setembro de 2008

EM CENA - ANALICE VOLTA AO FERNANDA MONTENEGRO


ANALICE EM BUSCA DO HOMEM PERFEITO
13 de setembro, sábado
TEATRO FERNANDA MONTENEGRO

A Companhia Anjos Boêmios apresente nesta sábado a peça Analice em Busca do Homem Perfeito, no Teatro Fernanda Montenegro. O evento começa as 19:15 h com a recepção do público com música ao vivo na praça de alimentação do Shopping Novo Batel. As 20:15 h será aberto o teatro, e o público será recebido com música ao vivo e venda de cerveja para realizar a ambientação do bar que é montado no teatro.
A peça que conta a história de Analice, inicia as 21 h, contando mais uma vez uma hilariante história da boemia curitibana. Após a peça, o elenco e a equipe de produção recebe o público na Cervejaria Anjos Boêmios (Rua Rocha Pombo, 243 – Juvevê/Alto da Glória).
O projeto inicial de Analice previa apenas quatro apresentações em Curitiba, porém, como obteve uma resposta surpreendente do público, atingindo mais de duas mil pessoas em apenas quatro apresentações, a CABO realiza esta apresentação em setembro, comemorando o aniversário de um ano do texto.
Outro fator que culminou com esta apresentação extra, foi a despedida de Déia Truppel que está de malas prontas para a Espanha, onde realizará curso de especialização. A atriz Déia Truppel, que iniciou suas atuações na CABO com um discreto papel em Trupe de Elite, através do personagem Tatiane, alcançou grande popularidade, revelando assim todo o seu talento, e despertando preocupação na companhia em relação a sua ausência prevista para o período de um ano. A atuação de Déia Truppel conduziu o papel de Tatiane a um foco de cena surpreendente, despertando assim a necessidade do autor, Samuel Rangel, reconduzir o texto para adaptá-lo a esta agradável surpresa.
Se por um lado, a atuação de Déia Truppel surpreendeu a todos, por outro, Vanessa Pampolini que interpreta a protagonista da história, também alcançou grande notoriedade com o papel, culminando inclusive com um convite para atuar na novela Obsessão, da TV Transamérica. Vanessa também está em cartaz na peça SE ORIENTE, OXENTE! (Texto de Núbia Cabral e direção de João Luiz Fiani. Espetáculo musical que mostra a influência das danças Árabes em diversas culturas inclusive no Brasil. Direção de João Luiz Fiani, e no elenco junto com Vanessa Pampolini você poderá ver Núbia Cabral, Ney Mendes, Rogério Bozza, Marcyo Luz, Mel Maia, Joel Vieira, Robert Araújo, Ana Paula Favaro, Damaris Aldani).
Outra atuação surpreendente foi a de Cleiton Amorim, que interpretando o bêbado Pudim, acabou dando agilidade à comédia. Este personagem, com a atuação desse talentoso ator, permitiu que o texto mantenha conteúdo real e informativo, enquanto a comédia brinca na mesa ao lado. Esta linguagem Samuel Rangel já havia experimentado em outros trabalhos, mas o desempenho de Cleiton é gratificante.
Nestas quatro apresentações, também não deixaram de merecer comentários as atuações de Michele Rodrigues, Evelise Miranda, Gustavo Stella e Giselle de Menezes, todos alunos da Cena Hum Academia de artes cênicas, que trouxeram pra o espetáculo todo o profissionalismo ministrado por George Sada, diretor daquela academia.
Da mesma forma, Valdo de Souza, Flavinho Banderta. João Carlos Jardim, Jardel Kowalski, Jakelyne Almeida, Mariana Portilho, Máximo Martins, Fábio Alegretti, Pilo, Eugênio Fim, Mônica Bezerra, Beto Dias, Kátia Dias, Vanessa Mafra, a Banda Cidade Dorme, destacaram-se nas atuações das quatro apresentações realizadas, levando para o palco toda a informalidade e irreverência do bar, que é marca registrada da CABO.
Após esta apresentação, a CABO deverá dedicar-se a finalização e produção dos demais espetáculos da companhia, e em breve, deverá trazer ao público outros títulos tão reais, atuais e cômicos quanto Analice em Busca do Homem Perfeito.
Se você deseja receber informações sobre estes projetos, a Companhia conta com um perfil e uma comunidade no Orkut, que tem sido utilizado como eficiente meio de comunicação entre a companhia e o público.Veja matéria publicada na Gazeta do Povo:
“Testemunha de encontros e desencontrosO Teatro Fernanda Montenegro se transforma em um verdadeiro bar na peça “Analice em Busca do Homem Perfeito”. Analice é uma garota curitibana, rica e bonita, que destratou os seus possíveis pretendentes quando era jovem. Com isso, ela se descuidou do amor e passou por desventuras em busca do par perfeito. A história se passa dentro de um bar, que foi testemunha de todas os eventos da vida amorosa de Analice. Durante a peça, os atores escolhem cerca de 12 pessoas, que sobem no palco e assistem a peça em uma mesa com cerveja e tábua de frios. Para quem fica na platéia, garçons circulam e vendem cerveja para quem não conseguiu subir no palco. Espetáculo descontraído que garante diversão no fim de semana.”
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=775678&tit=Peca-de-producao-paraguaia-resgata-identidade-latina

PEÇA CINCO ESTRELAS
Veja a avaliação de Analice em Busca do Homem Perfeito no Guia RPC http://guia.rpc.com.br/roteiro.phtml?aba=te&cidade=1&tit=Analice-em-busca-do-homem-perfeito&rid=6198

Ingressos disponíveis na Cervejaria Anjos Boêmios(Rua Rocha Pombo, 243 - Juvevê) ou com o elenco.

Serviço
ANALICE EM BUSCA DO HOMEM PERFEITO
Companhia Anjos Boêmios
Texto: Samuel Rangel
Escrito em setembro de 2007 eregistrado e diplomado pelo Escritório de Direitos Autoraisda Fundação Biblioteca Nacional.
Direção: Samuel Rangel e Vanessa Pampolini
Teatro Fernanda Montenegro
Shopping Novo Batel (Rua Coronel Dulcídio, 517)
21 horas
Ingressos Antecipados: R$ 20
Na data do evento: R$ 30
Programação:
19:15 h - Show com Banda
20:15 h - Abertura do Teatro com música ao vivo e venda de cerveja ao público
21:00 h - Início da peça
23:00 h – O elenco recebe o público na Cervejaria Anjos Boêmios

Sinopse
A peça conta a história de Analice, uma típica garota curitibana rica e bonita que, após uma adolescência onde fez o que bem quis com os seus pretendentes, descuidou-se das coisas do amor, e acabou vivendo as desventuras de sua busca do homem perfeito. A história se desenrola no bar preferido de Analice, que testemunhou todas as suas aventuras e desventuras.Como a peça se passa num bar, a Companhia Anjos Boêmios leva para o palco os personagens típicos de bar, como o Cafajeste, o “Pega Ninguém”, o Bêbado, a Gostosa, e muitas outras figuras típicas da boemia que dão o tom hilário a essa irreverente comédia.A Companhia adota a linguagem do Happening, transformando a peça numa espécie de celebração, com música e muito mais. Pessoas da platéia são convidadas a compor as mesas que constituem o cenário, reconstituindo com incrível realidade o ambiente de um bar. Essas pessoas, além de assistirem a peça do palco, tomam um cerveja e beliscam uma tábua de frios.

“PRESTIGIE O TEATRO PARANAENSE ANTES QUE ELE VÁ PARA SÃO PAULO”

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Amélia que era mulher de verdade?


Amélia que era mulher de verdade?
Era sim.
Mas hoje não existe mais a Amélia. Hoje existe a Joana, a Rita, a Mariana.
A mulher de hoje tem um pouco de Amélia sim. E deve ter. Só que ela não mostra porque você não deixa.
A mulher de hoje conquistou seu espaço profissional e social. Ponto! Não está bom? Pra que continuar a queimar sutiãs? Porque você a critíca, a ofende, a questiona.
A Amélia era feliz, só que um dia a Amélia começou a sentir falta de alguma coisa, e começou a sentir falta do homem que também não existia mais ao seu lado. Por isso ela começou a sua rebelião pelas ruas, por isso ela jogou as toalhas ao vento, por isso ela largou o fogão e a pia.
A Amélia além de tudo começou a sentir falta do companheiro, que um dia ela teve. Ela começou a sentir falta da fortaleza que a carregava, e foi obrigada a se carregar sozinha.
Hoje, a nova Amélia quer cozinhar pra você sim, mas enquanto você a beija, não enquanto você fica assistindo futebol na frente da televisão babando no sofá.
A nova Amélia quer se arrumar pra você sim, pra sair com você, pra se sentir amada e desejada por você.
A nova Amélia quer ter filhos sim, menos, é verdade, mas ainda quer tê-los, e quer criá-los com você do lado, com olhar severo de pai, e o olhar meigo dela, da mãe.
A nova Amélia quer que você esteja bem vestido e cheiroso para ir trabalhar, não para você se mostrar para os amigos, mas para estar bem para ela, como ela faz com você.
Só que a nova Amélia quer ser levada a um motel por você, e poder ser ela mesmo, sem vergonha, sem críticas, sem repressão.
A nova Amélia quer te fazer feliz. E ela sabe como. Ela só não faz porque você não deixa. Ela sabe que deve ser uma dama na sociedade e uma puta na cama, mas você não deixa.
Você a recrimina por ser gorda, por ser magra, por usar roupas que mais parece uma velha, por usar roupas que parece vulgar.
Você a recrimina por ela gostar de crianças e parecer uma Amélia, e também, a recrimina por querer ser uma executiva que não dá valor à família.
Você deixou a nova Amélia confusa.
O que você quer dela?
Agora, depois da repressão total e das rebeçiões que ela criou, ela está tentando encontrar um equilíbrio. E você não está ajudando.
Pare e pense. O que você quer?
Que tipo de mulher você quer?
Esqueça. Jamais seremos óbvias.
Somos fortes, mas precisamos de colo.
Somos lindas, mas há dias que não tem maquiagem que resolva nosso mal humor.
Somos bem amadas, mas não adivinhamos. Precisamos de provas.
Somos independentes, mas precisamos de cuidado.
Somos mães, mas precisamos de pais.
Somos mulheres e por isso precisamos de homens.
Seja pai, filho, amigo, mas seja antes de tudo, o homem da sua Amélia.

Um minuto de revolta

Olhar de canto de olho
Eu não confio em você

Você me diz coisas lindas
mas eu aprendi a esquecer

Não tente me enganar
com intimidades e elogios

Eu te conheço mais do que você merece
E agora é tarde pra me impor sua falsa realidade

Cuidado comigo
eu posso te enganar

minha caridade é imensa
mas meu escudo é protegido pela luz

Por E.S - II

Escrevi... escrevi...
mas sem a recíproca do teu amor...
amassei
rasurei
desesti
um gole de café, completou o ato
a cena não termina em choro,,,
mas a vontade era de derramar-me em teus braços
e te amar.

Por E.S, que sempre me emociona.

A presença da tua ausência

Deixa ficar assim
assim eu sinto a tua falta e você a minha
assim eu penso em você e a alegria de viver aparece
assim meu sorriso fica fácil
meus dias passam mais lentos
mas a espera de te ver me faz suspirar
até nervosa eu fico em te esperar
os pés se contorcem
as mãos não têm espaço
até que elas se encontram em seus ombros
em teu abraço
aí teu cheiro me acalma
teu colo me aconchega
teu beijo me faz entender porque a vida é tão boa de viver
teu carinho me faz sorrir com os olhos
e quando eles se fecham as pernas sabem que você está aqui.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Saber voar (pra você)

Saber Voar
Chimarruts
Composição: Circuladô de Fulô

Falar... (falar...)
Que bom quando é pra tiSonhar... (sonhar...)
Faz a vida mais feliz
E as estrelas que não posso tocar
Estão tão perto
Estão no teu olhar
Cantar... (cantar...)
Que bom quando é pra ti
Ver teu sorriso
Também me faz sorrir
Oh estrela não deixe de brilhar
Mesmo que tão longe
Sei que ela está lá
Mesmo que eu não te veja
Posso sentir quando pensa em mim
É como não ver o sol
Mas ter certeza que está la
Transformando a noite em dia
Tristezas em alegrias
E aquilo que era vazio
Foi embora pra não voltar mais
Queria saber voar
Pra lá do alto poder ver você
Te ver sorrir te ver sonhar
Coisas lindas quero te dizer
Se um anjo encontrar
Eu vou pedir pra ele te proteger
Oh estrela que me faz enxergar
Que a vida é linda de viver

Estranho, amo

Eu amo você que não foi suficiente pra mim
Amo você que foi dependente demais e me sufocou
Amo você que não me entendeu
Amo você que me usou
Amo você que foi grosseiro comigo
Amo você que mentiu tantas vezes
Amo você que me magoou
Amo você que me fez sair do chão pra cair

Amo você que não me respeitou
Amo você que nada me explicou
Amo você que disse palavras lindas
mas sem sentido
Não pense que isso tudo é pra você
É pra mim
Se não fosse você com essas tantas faces
Eu não teria o meu hoje

Eu com você

Tão bom me aconchegar em seus braços
mesmo que eu esteja em pedaços
me conforta

Tão bom olhar em seus olhos
e ver tanta pureza
antes maliciosos e cheios de calor

Estar com você é como
voltar pra casa
ter encontrado o caminho de volta

Ficar sem você
um dia é normal
mas é sem sal

Ficar com você um minuto já é suficiente para
meus olhos brilharem
e meu coração disparar e se aquietar

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Por que eu gosto tanto de Curitiba?


Porque eu posso andar no meio de uma multidão no calçadão da XV, num dia de semana, e passar despercebida, ou posso passear por este mesmo calçadão num domingo frio e com garoa, vazio, observar os altos prédios e o poema “A porta”, que quase ninguém nota na bagunça do dia-a-dia, e depois comer um doce da confeitaria das famílias, que é quase o único lugar que fica aberto.

Porque eu posso respirar cheiro de mato verde em pleno centro urbano, e ver bichinhos saindo do meio do bosque do Jardim Botânico, enquanto casais de namorados deitam-se à sombra de uma árvore qualquer, e nem se importam com as picadas das formigas.

Porque eu posso aproveitar o sol, o frio e a chuva sempre. É uma cidade que não cai na rotina.

Porque tudo aqui é colorido, mesmo no inverno, quando não há ipês recheando as ruas, ainda há ônibus verdes, brancos, cinzas, amarelos, vermelhos e laranjas.

Porque eu vejo gente de todo tipo. Japoneses, negros, brancos, mulatos, amarelos, verdes, rosas...

Porque eu ainda posso andar sem muito medo nas ruas, apesar de já ter cuidado em alguns luagres.

Porque eu posso ir ao Cine Luz no domingo, e antes da sessão começar observar pela 351ª vez os quadros de Curitiba do passado, com fotos da Praça Santos Andrade e do bonde que ali transitava.

Porque eu posso ir ao Largo da Ordem num dia de semana tomar um chopp e ainda ser presenteada com prédios históricos, ou posso ir num domingo de manhã e ver como os curitibanos são alegres, bagunçados às vezes, criativos, e depois tomar um café com leite no Brasileirinho.

Porque eu tenho a opção do certo e do errado, porque eu conheço as ruas com calçadas tortas, porque ando nas ruas e às vezes me sinto numa cidade do interior, cumprimentando uma pessoa em cada esquina, porque os loucos daqui são legais, porque os palhaços não são idiotas, porque tanta coisa...

Porque você só vai entender quando observar mais do que a correria tem lhe permitido.

domingo, 17 de agosto de 2008

Amado

Vanessa da Mata
Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O amigo cupido



Todo mundo tem um amigo cupido. Ele normalmente erra o alvo, mas quando acerta, dá muita história pra contar.


Então a bela loira estava de novo solteira. E mulher solteira hoje em dia é problema na certa. Ou sinônimo de depressão ou de farra. Difícil ter um meio termo.


E daí o amigo cupido resolveu entrar em cena...


Mexendo um pauzinho daqui e outro dali conseguiu com que o casalzinho marcasse um encontro (mas na sua presença), afinal, cupido que se preza tem que dar a última flechada.
No caminho, o amigo cupido levando a loira, tem uma crise de riso, e ela, não entendendo nada começa a questioná-lo. O troglodita não responde, mal consegue respirar de tanto rir, e acaba confessando, depois de retomar o fôlego, que o pretendente, na verdade NÃO havia perguntado por ela, que NÃO tinha dito que a achava linda, bla, bla, bla.


Bom, a mulher está solteira, oscilando entre rebeldia e depressão, ainda ouvir uma dessa, foi quase um acidente.
Aos berros, ela manda que o cretino pare o carro, que dê a volta, que ela não vai comparecer neste encontro, que foi uma falta de respeito o que ele fez, que a amizade deles estava por um fio, que onde já se viu, o que o rapaz iria pensar dela, que ela não é desse tipo facinha, dentre tantas outras alegações.


O cupido agora meio amigo, tentando responder aos berros da mocinha, mantê-la dentro do carro, e prestar atenção no trânsito, tudo ao mesmo tempo, consegue por fim esclarecer que o pretendente também não sabia de nada, e que ele usou a mesma tática com o rapaz.


Ta. Não foi tão fácil, mas vamos para a parte que ela aceitou continuar para o primeiro encontro, se não a história não acaba nunca.


Chegando ao local marcado, o meio amigo cupido (ainda, porque mulher demora um pouco para perdoar) e a loira sentam-se para esperar o Tom Cruise. E o relógio rodando...
Como o atraso já estava grande, a loira resolve beber uma taça de vinho, e outra, e outra, e outra... entre várias carteiras de cigarro, e entre mensagens enviadas pelo pretendente ao amigo cupido justificando seu atraso, mas que logo chegaria.


E não chegava.


Lá pelas tantas, o pretendente resolve ligar, avisando que não poderá comparecer devido a um problema no trabalho.


Fala sério. Se é comigo, nunca mais. Passou, a fila anda, e já era. Quando um homem está interessado, não tem mãe doente.
Mas, a loira super interessada no docinho, (que ainda nem conhecia pessoalmente), e auxiliada por algumas taças de vinho, ainda manda uma mensagem para o rapazinho informando que os ingressos para o show de sabe lá quem já estavam comprados, e que dessa vez ela o esperava, mas “sem furos de reportagem”. O Cara era (e se essa história é real, ainda é) jornalista. Ta. A piadinha foi boa, mas bem infame para a situação na qual a mocinha se encontrava, né?
Mais uma vez lembro do meu amigo Pudim, da peça Analice em busca do homem perfeito e me pergunto “Jesus, onde estamos????”
Ta. Mais uma tentativa de encontro seria feita, depois dessa noite perdida, onde a coitadinha volta pra casa abatida, desencantada da vida... E a noite, em seu travesseiro, antes não vomitado de vinho ouve “De noite eu rondo a cidade, a te procurar sem encontrar, no meio de olhares espio, por todos os bares você não está...”


Ressaca curada, e vamos à mais uma noite. É, ela é insistente, ou confia demais no agora novamente amigo cupido.
Show, muita gente, muito barulho, e muitos casaizinhos apaixonados para deixar qualquer solteirona com os nervos à flor da pele.
E lá está o amigo cupido e a loira. Em breve o docinho iria chegar. Mais expectativa do que love is in the air. Aí o amigo cupido tentando acalmá-la, e deixá-la segura começa com a sessão de dicas pela parte masculina. Primeiro (e único) comentário: “Não seja muito você, se não vai espantar o cara. Ele é meio tímido, meio quieto”.
O QUE???? Além de loira, ele é linda, interessante, bom papo, divertida, espontânea, e não pode usar suas qualidades? Como assim? Que merda é essa? O que você está querendo dizer com isso? E mais uma vez o amigo cupido perde o cargo e volta a ser o meio amigo cupido. Então sem mais delongas, antes que o pretendente chegue, o meio amigo se adianta em pedir ajuda à loira. Vai que quando o rapazinho chegar ela não gosta? Então, ela que já está uma fera, vai pôr tudo a perder, ele pede à ela que dê um sinal discreto quando o rapaz chegar para que ele deixe caminho livre ou não.


Aí o rapaz chega, e o sinal nada discreto sai da boca, dos olhos, dos braços e da alma da nossa amiga. Ok. Sinal verde, caminho livre. O "melhor amigo" cupido sai de cena, e deixa os dois a sós para conversar, se conhecer, trocar olhares durante looooooooooongos quinze minutos antes de se entregarem aos beijos.


É. Ela avisou que não era facinha.


Estou acostumada a sempre me perguntarem o final das minhas histórias, mas essa é uma história sem final.

Não há final feliz.

Há continuação feliz.
Há para sempre feliz.
Há quem não acredite, mas é assim quando é verdadeiro.
E se essa história é ou fosse verdade, os docinhos estariam de casamento marcado em menos de um ano de relacionamento, que seria esta semana.
Ah... Adivinha quem seria o padrinho desse matrimônio?

Então, eu dedico esse texto a todos que acreditam no amor. No verdadeiro. E que possam ser felizes, juntos, todos os dias, e que nunca tenham um FINAL feliz.

Me encontrando

Eu sou de sol
Eu sou de mar
Eu sou de sorriso
Sou amarelo
vermelho
e verde
Sou verdade
Faço parte
Me encontro todos os dias
E a cada dia mais entendo a que vim
Não levarei as rosas
Deixarei-as nas mãos das crianças
Não levarei os amigos
Deixarei-os para serem felizes
Não cobrarei mais do que necessito.

Mulher verdadeira

A verdadeira mulher é aquela que conhece a arte de escandalizar com classe
de delirar sem perder a razão
de roer as unhas sem demonstrar medo
de gargalhar sem cair na vulgaridade
de pedir desculpas sem se rebaixar
de seduzir um homem sem dar bandeira

domingo, 10 de agosto de 2008

Completo (Ivete)

É tão bom ter alguém por perto
Pra você se sentir completo
Ter a mão que te leva pro futuro
Vislumbrando um horizonte seguro

É tão bom viajarmos juntos
E viver aproveitando tudo
Amanhã vai ser melhor que hoje
Novos sonhos ao amanhecer

Imagino milhões de sorrisos
Cada um com seu jeito de ser
Mas ligados no mesmo destino
Um amor feito eu e você

O céu e o mar,
a lua e a estrela
O branco e o preto,
tudo se completa de algum jeito
Homem, mulher
A faca e o queijo,
o incerto e o perfeito
Tudo se completa de algum jeito

Presente, por isso

Talvez eu já tenha dado tantas gargalhadas com alguém,
mas foi um tempo que já não me lembro

Talvez eu já tenha sentido tantas saudades de alguém,
mas elas não eram saudáveis

Talvez eu já tenha tido uma companhia tão agradável
mas não foi eterna
Talvez eu já tenha pensado em fazer planos
mas eles foram apagados
Mas algumas certezas existem
Não fui eu nos últimos todos anos nem sabia sorrir com os olhos
Me falaram que não se deve viver de sonhos
mas eu sou feita deles
E preciso de ilusões
para torná-las realidade

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meu tipo



Eu sou do tipo que chora
que ri até a barriga doer
que fica com vergonha também
mas que às vezes toma conta da situação

Eu sou mais comédia romântica
ou um suspense ardido
Eu sou de extremos
Eu sou de sol e de lua

Eu sou do tipo que confia
do tipo que ajuda
Daria uma boa psicóloga
mas fiz outras escolhas

Eu sou do tipo que gosta de crianças
e falo com elas de igual
Eu sou do tipo que vira bebê quando
estou carente

Eu sou do tipo que gosta de colo
mas também tenho um para oferecer
Eu sou do tipo que agrada muitos
e incomoda alguns

Eu sou do meu tipo
E é esse o único jeito que você vai me ver

Me deixa em paz

Se você não gosta de mim
fique longe
Se gosta, colabora
Não tente interferir
o que você vai conseguir
é só me ferir
Se você sabe
guarde pra você
não faça alarde
Se isso ou aquilo vai acontecer
deixa o destino cuidar
Eu não vou enlouquecer
Eu sofro
mas para ser feliz
eu corro
Fica na tua
Eu não sou da rua
mas se me cuidar
Eu não sou de lua
Só não estou na mesma sintonia
que a tua

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Tua



Sou tua
da cabeça aos pés
Toda tua


Sou nua
de alma e coração
Toda nua


Sem precisar pedir permissão
me tome em seus braços
e me encha de paixão

Devaneio na madrugada

Te querendo todo dia
Te querendo toda noite
Acordo de madrugada
dou um pulo
mas você não está aqui
Tua lembrança
me acalma e repouso
Acordo
desperto
e saio
na esperança de te encontrar
Olhares me observam
Observam meu olhar
Riem do meu riso solto
Porque penso em você envolto
nos meus cobertores
Volto pra casa feliz
porque terei outra noite
de lembranças e sonhos reais

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Querer?

Já não sei se te quero
Ou se quero mais,
Nem se te querer
Pode ser demais.
Seja como for,
não sei se pode ser,
Porém, se não puder,
Deixe do jeito que é.
Se deixar ser,
Deixe estar.
Se um dia deixar de ser,
Pelo menos terá existido.
Quando não for mais,
Não precisa explicar.
Se explicar demais,
Não terá sido.
pelo amigo e ídolo:
Ítalo Jr.

Minha única inspiração



Teus olhos
mar
O que me acalma e me enche de frio na barriga
teu olhar

Teu cheiro
chocolate
Teu sorriso
Na janela o sol que bate

domingo, 27 de julho de 2008

Eu, boto

Boto...
Nada a temer senão o correr da luta...
Nada a fazer senão esquecer o medo...
Abrir o peito a força numa procura...
Fugir das armadilhas da mata escura...
Longe se vai sonhando demais...
Mas onde se chega assim...
Vou descobrir o que me faz sentir....
Eu caçador de mim.


Presente da Bia, minha quase tia, pra mim, bem neste momento de encontro meu.
De luta contra as armadilhas, de precaução contra os ventos que sopram errado, de procura incansável por respostas, de sonhos se realizando...
E que Deus continue nos iluminando contra os dragões do pântano...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Cósmico






Energias se entornam sob as nossas cabeças magicamente
Luzes fluorescentes nos circundam
Pontos na escuridão
Belas músicas sem instrumentos
ventos nas árvores
pica-paus no batuque
cigarras no triângulo
baleias no trombone
borboletas dão a cor
joaninhas a pitada
Você pode abraçar o céu
e conversar com as estrelas
Sentar na lua
e brincar com cometas
Cochilar ate que o sol
aqueça seu corpo num despertar magnífico

Opções

Chutar a maldade
Dar as costas para a intriga
Mostrar a língua para a inveja
Orar pelos fracos de coração

Os demônios da mente
Se criam nos pântanos da inveja
Os demônios do corpo
Se apresentam no rosto dos vingativos

Os sem amor serão infelizes
Os sem compaixão cairão
Os sem bondade estarão sós
Os sem maldade verão o sol

Quando um coração é feito de amor
Não há agressão que o atinja
Quando o rancor abalar estes
A bondade os recuperará

Arranque o ódio do passado
Respire a alegria do futuro
Demole a incompreensão
Constrói paciência e compaixão

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Da saudade eu digo

Que frio na barriga
Que insegurança
Que vontade de te abraçar
e não mais soltar

Nossos caminhos vivem se cruzando
Numa montueria de vendavais

É normal
não sei
Só quero tudo de volta
Ou tudo novo

Bifurcações que levam ao mesmo lugar
mas antes de se encontrarem
parece um caminho
sem fim

Adaptação...

Tem gente que não cria seu próprio blog, fica usando o meu espaço, e ainda, para alterar meus textos...
Mas eu incentivo.

"...um coração insáciável estimulado por uma boca que teima em querer beijos e mais beijos..."
by A.F

terça-feira, 22 de julho de 2008

Louca ou sã por você

Que coisa louca
essa necessidade
de você
De estar junto
de querer sentir seu cheiro de roupa lavada
de abraço de moletom
de beijo apaixonado
de olhar nos olhos
de respirar quase o mesmo ar
Que saudade
louca
arrebatadora
que incomoda e ao mesmo tempo
agrada
Que vontade de dizer em um segundo
tudo que eu nunca disse
de extravasar
de amar
Que vontade de viver um ano em um dia
Um coração insaciável
brigando com uma boca que teima em pedir
calma

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Eu amo você



Eu amo você.

Palavras tão simples, e tão difíceis de dizer

Por que será?

Pelo medo

pela conveniência

pelo passado

pelo medo, pelo medo, pelo medo.

Mas quando elas surgem,

parece uma bomba

Não, uma martelada, não é?

Sabe que na verdade é bom que a gente não esteja acostumado a falar em amor

porque quando a gente fala é de coração

é sincero

Os ventos as vezes te levam pra longe, mas quando é de verdade

é de Deus

ele traz de volta

E traz melhor,

porque você já percorreu outros caminhos

e agora de repente tem coragem de dizer, assim como eu

eu amo você, assim, tão fácil.


Para meu girassol

domingo, 20 de julho de 2008

O padrinho do garotão

Tem cada padrinho por aí, que eu vou te contar...
Numa situação normal, para ser padrinho você tem que:
1 º ser convidado pelos pais da criança. E para isso, os pais costumam convidar uma pessoa honesta, séria, digna de adotar o seu filho, se necessário.
2º fazer um curso na igreja para o batizado. Neste curso, sem demagogia à Igreja Católica, você recebe bons ensinamentos que devem ser transmitidos à criança que será batizada, cuidada, “adotada”.
É um vínculo de amor, de carinho e cuidado.
Mas, tem cada padrinho por aí...
Conta a lenda que há alguns anos atrás, um criança foi batizada por um desses padrinhos.
Por hoje vamos pular as histórias lindas da infância dessa criança tão abençoada.
Aí a criança cresceu, criou seus primeiros pelinhos no sovaco, e já se achava importante, adulto, independente só porque aos 14 anos trabalhava. (É, antigamente não era crime menor trabalhar. Pelo contrário era tratado como crescimento, e os pais não eram julgados pelo “crime”).
Aí, a criança, que antigamente, aos 14/15 anos era criança foi para uma festinha. Mas como é de uma família muito embasada nos preceitos familiares, a festinha era de um primo, na casa do padrinho!
Claro que os pais confiavam cegamente no tal padrinho, que iria cuidar do seu pequeno filhote, e deu carta branca para o “pequeno” comer uns brigadeiros e tomar um guaraná.
E lá se foi o adulto para a festinha do primo. Como guaraná tem a mesma cor que a cerveja, foi fácil fazer a inversão dos copos “sem querer”, e com aval do padrinho.
Então os pais resolvem dar uma “passadinha” na festinha (que meigo, tudo “inha”).
Quando o rapazinho percebe a chegada dos progenitores, pede com urgência ajuda ao primo e padrinho. Depois de alguns minutos tentando decifrar as palavras ditas com a língua enrolada, eles entendem que o sujeito diz: “Por favor, cara, me esconde!!”. Onde será que ele achava que se esconderia? Atrás da cortina? Meu Deus.
Quando o primo, mais experiente, recomenda ao rapazinho que se sente, fique quieto, fale o menos possível, que assim seus pais nem iriam perceber seu porre fenomenal.
Ao chegar na sala, os pais do garoto ficam mais preocupados do que deveriam. Por que será que o seu amado filhinho está tão quieto? Enquanto isso o rapazinho em estado catatônico, nem se mexe, e quando seus pais o questionam sobre o que houve, ele segue a recomendação do primo experiente, e nada fala. Simplesmente fica mudo! E os pais insistem, a preocupação aumenta, será que o menino está doente, precisariam eles levá-lo à um psicólogo? É, porque adolescente tem mania de psicólogo.
E nada do troglodita falar.
Depois de alguns minutos de insistência dos pais, com a cabeça girando mais que rotor de parque de diversões, e o estômago dando sinal de vida, a resposta do garoto é um óbvio e largo BLAAAAAAAAAAAAA nos pés dos papais.
Os pais, claro, tiveram que voltar para casa para se lavar, aquela coisa toda... E o pimpolho? Nada! Adivinha quem convenceu os pais que o menino devia ficar na festinha, tomar mais umas cervejinhas pra aprender a beber? Assim, com o tanto que passou mal, jamais ele beberia de novo.
Hahaha. Você acredita mesmo que foi o último porre da vida do garotão????
Claro, que tudo isso é ficção, e eu não conheço essa criatura, afinal, eu mesmo nunca freqüentei UM boteco na vida. Quem me conhece sabe bem...